
O silêncio que sinto no deslocamento das pipas no céu, me lembra espermatozóides nadando no liquido semiótico. Vezes penso que são como gaviões e suas investidas à captura de coelhos. No beijar das linhas, no sacudir das caudas e no “lá se foi”, como uma morte, ao cair deixa-se flutuante, levada como que por águas de um rio manso de quedas pequenas, em que se solta o corpo a boiar no espaço sem esperar destino.
É do silêncio que parto para a busca de uma excelência; pequenas conquistas teimam em estagnar o ser humano, mas diante da excelência é que ele se torna de utilidade e valor nada duvidoso.
O silêncio não é lacuna: de seu bom uso defende-se uma gestão de um processo, assola-se uma crise, resolve-se tudo ou erra-se pelo mau uso. Aliás, quando ouço falar tanto em lacunas, fico com pena delas. Queremos acabar com elas, vamos estripá-las até a exaustão e sua extinção definitiva. Lacunas. Elas correm risco de morte. Já pensou quem a gente acha que é uma pessoa-lacuna, que passa a vida sem fazer nada, tratada como uma merda.
O silêncio é fecundo de palavras proparoxítonas que são, de tão sonoras.
Meu silêncio pode ser negação, afirmação ou abstenção de resposta, noutra medida, uma história inteira com começo, meio e fim.
Meu silêncio guardava mais novidades ao mundo do que bochecha de porquinho-da-Índia. Eu, calado estou a dizer toda uma idéia em que poucos poetas no mundo conseguiram captar pelos sentidos, mas nenhum seria capaz de compreendê-la. Um silêncio em cognição com o mundo é uma orquestra de sons harmoniosos.
Hoje deixo meu silêncio na conclusão. Para dizer de todo o meu sentimento por você.
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Mas vou falar de sexo – Fiquei sabendo que uma britânica anda espalhando sofrer de uma doença rara que a faz ter cerca de 200 orgasmos por dia, um a cada oito minutos em média. Basta ouvir sons ou tomar algum álcool e ela dispara com o barulho do secador ou com a voz da pesquisadora do IBGE. Na foto parece que está tendo um discretamente com o click da máquina.
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