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luz

13 agosto 2007

bruxuleante diaba

Noites que começam assim
São sétuplos presentes de Deus

Da janela a lua se atira no chão da sala
Num colchão rasgado, teu pêssego em polpa.

Palavras nervosas, mãos que flutuam
Para desenrolhar vinhos ao nosso prazer

Tu, bruxuleante diaba em trapos
Molhando-me até a alma

Eu, humilde, dono de tudo
Louco por freqüentar tua nuca
Derrubo as paredes das nossas peles
Enquanto você suga o ar de tesão

Vida a plenos pulmões
Atado aos teus braços
Ao som de pássaros em revoada
Teu beijo tão meu quanto teu sexo

Embebidos no silêncio das verdades escondidas
Noites, lua, estrelas como nossas hóspedes
Por horas acariciei tuas metáforas
Até já não poder aguentar mais

Quando você voltar soltarei fogos,
Contarei às estrelas meus segredos
Libertarei o mais velho preso da Ilha.

Éden Nilo (junho 07)

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