Devido
aos recentes acontecimentos mundiais que levaram pânico e medo às
populações do planeta, o bioterrorismo ou terrorismo químico-biológico
como também é chamado está em alta nas manchetes. É conceituado como
sendo a liberação intencional de produtos químicos ou agentes
infecciosos prejudiciais à saúde e ao meio ambiente.
Esses agentes causadores de infecções são
liberados no ar ou, principalmente, através da contaminação de centrais
de abastecimento de água. Isso tudo ocorre com a clara intenção de
prejudicar ou até mesmo aniquilar populações inteiras de um país alvo
com a possibilidade de difundir doenças por todo o mundo através da
disseminação do agente infeccioso. Isto é explicado da seguinte maneira:
uma pessoa pode ter contraído uma doença e não tendo conhecimento do
contágio, fazer uma viagem para outro país e levar consigo o agente
infeccioso. Podemos citar também o envio de cartas contaminadas, como
aconteceu após o 11 de setembro nos Estados Unidos.
Existem vários agentes infecciosos como bactérias e vírus que podem ser
disseminados com facilidade, como por exemplo, a bactéria s (bacilo) anthrax,
e o vírus da varíola, este apesar ser uma doença erradicada no mundo e
sua manipulação ser restrita a centros de pesquisa como o CDC em
Atlanta/USA, ainda é manipulado em laboratórios não oficiais de paises
que dedicam a guerra Biológica . Existem microrganismos causadores de
doenças que ainda estão em estudo e que podem ser utilizados confins não
pacíficos. Hoje, as condições para diagnosticar uma epidemia, e as
condições de controlar a disseminação dos diversos agentes infecciosos
torna-se bastante complexo visto que as http://www.fiocruz.br/biosseguranca/Bis/infantil/bioterrorismo.htm.
A quantidade de vacinas para todos os
trabalhadores da área de saúde e para a população, dependendo do
microrganismo não é suficiente. A população também não está preparada
nem tem conhecimento de profilaxia para um caso de emergência, não
teríamos pessoal suficientemente treinado para manuseio e cuidado de
indivíduos contaminados nos grandes centros. Para evitar uma
contaminação em massa, basta ter a velocidade de reação, ou seja,
identificar, isolar e tratar os doentes com o máximo de urgência.
A contaminação pode ocorrer de três formas:
através do contato direto com a pele, em que pode haver uma lesão e
causar doença localizada ou se disseminar pelo sangue; por ingestão de
algum alimento contaminado causando doença generalizada ou ainda, por
via respiratória, causando doenças respiratórias que muitas vezes levam o
indivíduo à morte.
A contaminação por anthrax doença conhecida como carbúnculo e causada pela bactéria Bacillus anthracis,
normalmente ocorre pela pele. Seu período de incubação é de 01 a 06
dias. Os sintomas são febre alta, lesões escuras na pele, fadiga e
dores. Inicialmente ela é confundida com uma gripe, alguns dias depois a
função pulmonar está prejudicada havendo assim uma piora do estado
geral do indivíduo contaminado aparecendo sintomas semelhantes com os de
hantavirose. A morte por choque tóxico pode ocorrer dentro de 24 a 36
horas. Como essa bactéria fica suspensa no ar sua liberação se torna
possível e pode ser manipulada e misturada a poeira ou pó entrando em
contato com a pele e mucosa das vítimas, como ocorreu no episódio dos
Estados Unidos. Existe uma grande chance de cura, quando a doença é
descoberta no seu estágio inicial, tratando-a com agentes
antibacterianos específicos incluindo a penicilina.
A varíola é uma doença infecto-contagiosa,
exclusiva do homem (não sendo transmitida por outros animais, como a
dengue, por exemplo), de surgimento e desenvolvimento repentinos e
causada pelo Orthopoxvírus variolae, um dos maiores vírus
conhecidos e que é muito resistente aos agentes físicos externos, como,
por exemplo, variações de umidade e temperatura.
A transmissão ocorre de
pessoa para pessoa por meio do convívio e geralmente pelas vias
respiratórias. Uma vez dentro do organismo, o vírus da varíola permanece
incubado de sete a 17 dias. A seguir, ele se estabelece na garganta e
nas fossas nasais e causa febre alta, mal-estar, dor de cabeça, dor nas
costas e abatimento, esse estado permanece de dois a cinco dias, para
finalmente atingir sua forma mais violenta: a febre baixa e começa a
aparecer erupções avermelhadas, que se manifestam na garganta, boca,
rosto e que depois espalham-se pelo corpo inteiro. Isso ocorre, porque o
O. variolae parasita as células do tecido epitelial para se
reproduzir. Com o tempo, as erupções evoluem e transformam-se em
pústulas (pequenas bolhas cheias de pus), que provocam coceira intensa e
dor – nesse estágio o risco de cegueira é maior, pois, ao tocar o olho,
o enfermo pode causar uma inflamação grave.
|
- SCHATZMAYR , H; Febre amarela: a doença e a vacina, uma história inacabada. Livro coordenado por Jaime Benchimol, Editora Fiocruz.
- REY, L; Dicionário de medicina e saúde. Editora Guanabara Koogan
- VERONESI, R; Doenças infecciosas e parasitárias. Editora Guanabara.
Nenhum comentário:
Postar um comentário