Estátua "Homem urinando", em Praga
Um certo Manoel Ferreira
Oriundo de Lisboa
Gran fidalgo da Coroa
Moço de cheia algibeira
Vivia a gabar-se à toa.
Afirmava que seu malho
Se arreitado como um galho
Medido do pé à ponta
Se o culhão se desconta
Dá dois palmos de caralho.
Mas u'a tal Luzia Benta
Tendo sido desprezada
Por Ferreira, a maufadada
Uma peçonha inventa
Diz que pica tão gabada
Parecia o seu mindinho
Que o troço pequenininho
No cono não se sentia
Que só tinha u'a serventia
Comer cu de passarinho.
O Ferreira, ultrajado
Passou na rua a mijar
Intentando recobrar
Ao exibir seu cajado
A fama de além-mar.
E se as damas gostaram
Os homens o imitaram.
E até hoje na Bahia
Mijar na rua é mania
Os baianos não reparam.
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