Era só o que faltava: um amigo meu, que é funcionário público (vou guardar sua identidade) ficou preso numa sala de cinema de Salvador, porque tem o hábito de ler os créditos dos filmes até a última linha. Uma caca da administração do Cinemark (Salvador Shopping) e uma constatação de que o público dessas casas não passa de uns comedores de pipoca, que mal assistem às cenas dos filmes. Fiquei horrorizado, costumo sair da sala de exibição apenas quando desliga a projeção.
Confira as cenas fortes, na íntegra:
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Olá, pessoal!
Permitam-me compartilhar algo com vocês. Fui assistir, ontem, domingo, 24 de janeiro, à sessão das 19h30 do filme Vício Frenético, na sala 3 do Cinemark (Salvador Shopping). Como bom cinéfilo, só deixo a sala de cinema quando desaparece da tela o último crédito do filme (ou seja, quando a fita é desligada). Certo. Li, então, que o filme era de 2009, que os direitos eram protegidos, que ele tinha sido feito com o som SDDS... e fim da sessão.
Empurrei, então, a porta onde estava indicado "SAÍDA" (como eu SEMPRE faço) e fui andando pelo corredor isolado (pelo qual eu sempre saio nas poucas vezes em que vou ali naquele cinema), até que cheguei a um ponto em que havia um elástico para impedir a passagem da pessoa (daqueles que eles colocam nos estabelecimentos comerciais, indicando "não ultrapasse este ponto"). Bem, como vi que não havia outro lugar para sair, pulei essa corda, fui andando e me dei conta de que estava tudo escuro e que não havia mais porta, e que eu iria para não-sei-onde.
Voltei: dei-me conta de que estava preso, não havia como deixar aquele corredor; havia ali somente as portas (de saída) de algumas das oito salas do complexo de cinemas. Tentei voltar para sala 3, mas não consegui, pois não é possível retornar por essa mesma porta.
"Tenho que pedir ajuda", pensei. Consultei a agenda do meu telefone celular e liguei para o número do Cinemark, mas é um telefone virtual, ou seja, daqueles que têm uma gravação dizendo "aperte '1' para isso; aperte '2' para aquilo"... Vi também que eu não tinha o telefone da administração do Salvador Shopping.
O que eu fiz, então? Liguei para o meu pai, uma pessoa idosa, pedindo que ele fosse até o Salvador Shopping (ele, que mal conhece, mal freqüenta o estabelecimento) e falasse com alguém lá nos cinemas para me tirar de lá!
Foram 40 minutos de espera, eu preso no corredor que era indicado como "saída"! (Não entrei em pânico, mas fiquei bastante aborrecido, e com toda razão, é claro.) Que ironia, não? E se houvesse uma emergência, de fato, tal como um incêndio? A "saída de emergência" (tal como era indicada) é o ÚLTIMO local que pode ser obstruído!!
Enfim, quando chegou um funcionário nessa porta da sala 3, abriu para que eu entrasse na sala e pudesse sair lá pela frente da sala, falei com um gerente de nome Rafael e desanquei a administração do cinema, pois isso que aconteceu, como ele próprio reconheceu, é grave. Ele pediu mil desculpas, etc, etc, disse que não sabia como isso tinha acontecido, afinal de contas, segundo ele, os funcionários seriam orientados a fazer a "despedida de sala", ou seja, orientar a saída de todos os clientes...
Gente, não sou um deslumbrado com os EUA, mas disse a ele que, se fosse lá, eu abriria um processo contra o Cinemark e ganharia uma boa grana deles. Mas fiquei com dois ingressozinhos de cortesia, mesmo.
Enfim... cuidado para não ficarem presos no Cinemark, viu? (Risos.) O que eles têm de simpatia, têm de ineficiência na administração. Mas tem também o Multiplex Iguatemi, com funcionários extremamente grosseiros (incluindo gerentes) e ineficientes!
Abraços,
Amor. Amor à sabedoria. Amor ao humor. Amor ao trivial e ao especial. Buscas e encontros de boas práticas para o corpo-físico, corpo-mental, corpo-espiritual, corpo-animal e corpo-divino.
cabeç
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