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21 setembro 2015

Quer começar uma jornada de vingança? Cave duas covas.



Confúcio, pensador chinês do Período das Primaveras e Outonos (551 a.C. - 479 a.C.) advertiu: “Quer começar uma jornada de vingança? Cave duas covas.” 
O Mestre Kong, tradução literal do nome do profeta, é referência quando se fala de valores e virtudes. Benjamin Franklin, presbiteriano que não congregava, compôs para uso particular, em 1728, a obra Artigos de fé e atos religiosos, a partir das suas leituras. Os ensinamentos do Sir. B. Franklin.chegaram com A sciencia do bom homem Ricardo ou meios de fazer fortuna  (Lisboa : Typ. Soc. Propagadora dos Conhecimentos Uteis, 1825.), usado como ferramenta de educação no Brasil e leituras entre as décadas de 1930 e 1950. Pregava intensamente virtudes morais, consideradas ideais de comportamento aos americanos. 
Confira:

1. Temperança – Não comer até o embrutecimento nem beber até a embriaguez.

2. Silêncio – Não falar senão do que pode ser benéfico para os outros ou para nós mesmos; e evitar as conversações frívolas.

3. Ordem – Um lugar para cada coisa e cada coisa no seu lugar; destinar uma hora para cada uma das nossas tarefas.

4. Resolução – Resolver cumprir o que é dever; e cumprir, sem falhar, o que se resolve.

5. Frugalidade – Não fazer despesas senão em benefício próprio ou em benefício de outrem, isto é, não desperdiçar.

6. Aplicação - Não perder tempo; ter sempre entre mãos qualquer trabalho útil; suprimir todas as ações desnecessárias.

7. Sinceridade – Não recorrer a ludíbrios prejudiciais; pensar sem ideia preconcebida e com justiça; e ao falar, fazê-lo de conformidade com este princípio.

8. Justiça – Não prejudicar ninguém fazendo o mal, ou omitindo benefícios que constituem o nosso dever.

9. Moderação – Evitar os extremos, abster-se de guardar ressentimento pelas injúrias, na medida em que as consideramos merecidas.

10. Limpeza – Não tolerar a falta de limpeza no corpo, no vestuário ou na habitação.

11. Tranquilidade – Não se perturbar com insignificâncias nem com acidentes correntes e inevitáveis.

12. Castidade – Usar raramente do prazer da carne e apenas para benefício do organismo, tendo em vista a descendência; jamais até o embrutecimento, ou o debilitamento, ou em prejuízo da própria paz e reputação, ou da paz e da reputação de outrem.

13. Humildade – Imitar Sócrates e Jesus.

As poucas escolas em funcionamento estavam concentradas em Salvador, localizadas em antigas residências, muitas em ruínas. Era generalizado o costume de o professor custear, com seus próprios recursos, o aluguel da sala ou do prédio em que instalava as “cadeiras”. O governo não oferecia mobiliário escolar, nem o professor a adquiria. Cabia ao aluno fornecer cadeiras e mesas improvisadas com barricas, caixotes, pequenos bancos de tábua, tripeças estreitas e mal equilibradas, cadeiras encouradas ou tecidas a junco. Anísio chegou a presenciar que era comum os estudantes escreverem nochão, estirados de bruços sobre papéis de jornal ou, então, fazerem seus exercícios de joelhos, ao redor de bancos ou à volta das cadeiras. Faltava material didático, particularmente livros. Excepcionalmente, era possível encontrar ainda, no sertão baiano, o Almanaque do bom homem Ricardo, de Benjamin Franklin, que, traduzido para o português, serviu como manual de leitura da escola primária no interior do país desde a segunda metade do século XIX e instruiu baianos ilustres como Afrânio PeixotoXXIX.” Clarice Nunes, in Anísio Teixeira e os desafios da educação contemporânea.


Fonte aqui

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