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31 dezembro 2012

Vaga para jornalista

A Universidade do Estado da Bahia - Salvador oferece oportunidade de estágio na Assessoria de Comunicação, turno matutino. É para estudante de Jornalismo. Clique na imagem.

  

20 dezembro 2012

Para compreender uma parte do Brasileiro


História do Brasil Vira Lata - As Razões Históricas da Tradição Autodepreciativa Brasileira

Trechos selecionados:

Introdução –
Esta obra é um inventário sobre as causas, reais ou ideologicamente construídas, da tradição vira-lata, autodepreciativa, brasileira. As consequências são por si só autodepreciativas. Ou não?

Capítulo 1 – Índios
Muito ainda falariam autoridades e outros envolvidos na questão indígena até que fosse editado o Regulamento acerca das missões de catequese e civilização dos índios, em 1845, retomada da velha política de considerar os índios como estrangeiros a ser civilizados. Na primeira constituição brasileira, de 1824, os indígenas não aculturados já eram considerados como não cidadãos. Todas as demais constituições seguiriam distinguindo índios de cidadãos comuns, com o agravante, em 1988, de considerar como tais mesmo os aculturados, desde que se declarem como nativos ou descendentes desses. No século XX, com a criação do Serviço de Proteção ao Índio – SPI – sucedido pela Fundação Nacional do Índio – Funai, os missionários religiosos seriam substituídos por funcionários públicos, interessados esses em manter as reservas indígenas (sucedâneas dos aldeamentos) como museus antropológicos vivos para justificarem seu trabalho.
O ideal seria voltar à lei de 1798, tratando com igualdade plena de direitos e deveres todos os brasileiros e brasilianos. Como isso não se cogitou e não se cogita, seguem os conflitos entre índios, bravios ou aculturados, e brasileiros. “Protege-se” o indígena, mas não se protege as eventuais vítimas de sua ação, muitas das quais acabam “fazendo justiça com as próprias mãos”. O caso dos Botocudos de Minas Gerais, tão citados aqui, é emblemático. Uma estatística de 79 bandeiras e expedições de contato, realizadas entre 1755 e 1804, dá conta de 85 episódios de confrontação violenta, dos quais 90% foram de iniciativa indígena e apenas 8% de soldados brasileiros. As vítimas dos índios, em 73% dos casos, foram pequenos posseiros, agricultores pobres sem direito algum, nem de participar do debate sobre o que fazer com os índios.
Ainda sobre aldeamentos, registre-se o pensamento do escritor José Vieira Couto de Magalhães, sucessivamente presidente de quatro províncias diversas na segunda metade do século XIX: “Cada tribo que nós aldeamos é uma tribo que degradamos, que por fim destruímos, com as melhores intenções, e gastamos o nosso dinheiro”.

Capítulo 2 – Africanos
Ensina-se nas escolas: o Brasil foi um dos últimos países a abolir a escravidão. Não é verdade. Os últimos países a abolir formalmente a escravidão ficam todos na África. E a maioria deles o fez apenas formalmente. Milhares de africanos, sobretudo crianças, seguem cativos no século XXI e são tão africanos quanto seus senhores.
Ensina-se melhor em algumas escolas: o Brasil foi um dos últimos países do Ocidente a abolir a escravidão. Palmas para o Ocidente, que de fato inaugurou a abolição. O enunciado agora é verdadeiro, ou melhor, formalmente verdadeiro. O Haiti aboliu a escravidão antes, por uma revolução, negra e parda, as distinções entre pardo e negro lá eram e são muito claras. Aboliu formalmente, tal como os estados africanos do século XX. Se há pouca escravidão atual no Haiti não é por falta de tradição escravocrata, presente por muito tempo após a abolição formal. É porque onde o valor da produção econômica não supera o custo de manutenção da escravaria, a escravidão torna-se inviável.
Esses enunciados fazem parte da tradição autodepreciativa, vira-lata, como se o Brasil fosse um país atrasado, que se prendeu a um regime de divisão do trabalho desumano e arcaico até o último momento. Teria portanto uma dívida a resgatar por esse apego ao trabalho servil.
Ora, se há dívida pela escravatura, ela é universal. O Brasil não é um devedor maior, até porque se a escravidão no país não era tão branda como desenhou Gilberto Freire, era das mais permeáveis, intercambiáveis. E assim o era pelo forte e tradicional apego dos africanos ao regime. O sonho do africano e afrodescendente aqui estabelecido era comprar a própria liberdade e, em seguida, tornar-se senhor de escravos. Milhares conseguiram tal intento e maioria deles não queria o fim da escravidão. Quando se revoltavam, geralmente desejavam reformá-la em benefício próprio, de seu grupo, como se deu no Haiti. Tanto era permeável e intercambiável a escravidão no Brasil que muito poucos foram diretamente contemplados pela abolição formal.

Capítulo 3 – Portugueses
A alta nobreza portuguesa era extremamente fechada. Em 1803, tinha 16 marqueses, 26 condes, 8 viscondes e 4 barões. Cerca de metade desses acompanhou a corte em fuga de Dom João VI em 1808. Esse rei foi pródigo em concessões de títulos enquanto esteve no Brasil, titulando, até 1821, 28 marqueses, 8 condes, 16 viscondes e 21 barões. Desses, apenas três eram brasileiros natos. Além de Ana Francisca, a primeira agraciada, foram contemplados o baiano José Egídio Álvares de Almeida (Barão de Santo Amaro) e o pernambucano José Correia Picanço (Barão de Goiana). Pedro Dias Pais Leme da Câmara, barão de São João Marcos, é contado por alguns genealogistas como brasileiro, embora nascido em Portugal, por descender dos Leme paulistas.
Para efeito de comparação, Dom João V, rei entre 1707 e 1750, nomeara 73 titulares de alta nobreza, nenhum deles brasileiro. Em compensação, a nobreza da terra tupiniquim recebeu do mesmo monarca 4.048 insígnias de cavaleiros, comendadores e grã cruzes da Ordem de Cristo, 1.422 comendas da Ordem de São Bento de Aviz e 590 comendas da Ordem de São Tiago.
O Império Brasileiro (Dom Pedro I e Dom Pedro II) foi mais pródigo na titulação da alta nobreza. Nos 67 anos de monarquia americana, houve três duques, 47 marqueses, 51 condes, 235 viscondes e 875 barões. Obviamente, tais distinções, de resto pagas pelo agraciado, restaram aviltadas pela inflação nobiliárquica, como antes se aviltaram as insígnias portuguesas da Ordem de Cristo. Como teria assinalado um conde luso do início de oitocentos: “em muito poucos anos reduzem os três milhões de habitantes a três milhões de nobres”.
O que começara como eficaz sistema de recompensas por feitos militares e de conquista transformara-se em multidão de herdeiros, vagabundos e rentistas a drenar rendas públicas e onerar o comércio. O povo português, especialmente no período pós-separação, iria questionar os privilégios da nobreza. Não ocorreria o mesmo no Brasil, onde a proclamação da república deu-se pelas mãos dos privilegiados como vingança pela abolição sem indenização, sem que fosse registrado clamor popular contra a monarquia ou a nobreza.

Capítulo 4 – Estrangeiros
Em 1920, havia 1.446 indústrias em São Paulo pertencentes a italianos, de um total de 4.145. Outros 35.894 peninsulares tinham propriedades agrícolas registradas. No mesmo ano, 64% das firmas individuais eram de estrangeiros, dessas, 75% de italianos. E esses números não incluíam os oriundi, descendentes nascidos no Brasil.
Com todo crescimento econômico experimentado pelo estado-locomotiva da nação, faltava emprego para os brasileiros pobres em São Paulo na virada do século XX. Os italianos costumavam dar trabalho apenas aos seus, enquanto os empresários brasileiros, ao contrário, preferiam os estrangeiros. Um anúncio na edição de 22 de outubro de 1897 de A Plateia, órgão simpático ao Partido Republicano Paulista, é um exemplo entre muitos, absolutamente cotidianos:
Precisa-se de oficiais e aprendizes para sapateiro; prefere-se italiano, na rua do Carmo, nº 32-A.
Com uma preferência dessas, qualquer grupo étnico prosperaria, em qualquer lugar. Para melhorar ainda mais a situação dos imigrantes da bota, os operários e agricultores dessa etnia eram mais organizados, com frequência entravam em greve, protestavam, e ainda contavam com o apoio efetivo das autoridades diplomáticas italianas, que ajudavam a fiscalizar o cumprimento dos contratos de trabalho e de arrendamento.
Nos Estados Unidos, na mesma época, os italianos eram rejeitados para os melhores postos de trabalho, secundados por imigrantes de outras etnias e especialmente pelos anglo-americanos. Os norte-americanos sabiam com quem estavam lidando. A elite brasileira também sabia, mas aqueles tinham estima por seus colonizadores originais, estes não.

Capítulo 5 – Sexo
Quanto ao pudor, eram comuns os dizeres chulos e os convites abertos à cópula entre homens e mulheres, em muitos ambientes e situações. O politicamente correto atual certamente escandalizar-se-ia com as cotidianas expressões “sexistas” do século XVII. Os padres, então, não pensavam em outra coisa, especialmente nos confessionários. O caso de José Vieira de Paiva foi um entre centenas. Incentivavam relatos eróticos, aproveitando-os para colocar as mãos nos seios ou nas partes mais íntimas das confessantes. Daí à cópula era um passo, às vezes consumada com emprego de alguma violência, às vezes consentida. Negras, mamelucas e brancas pobres frequentemente se transformavam em concubinas de padres, todos sabiam, e a própria Igreja fechava os olhos.
Conforme a historiadora Lana Lage, baseada em Norbert Elias, naquele tempo:
As pessoas falavam em geral com mais franqueza sobre os vários aspectos da vida instintiva e cediam mais livremente aos seus próprios impulsos em atos e palavras. Era menor a vergonha associada à sexualidade.
Em compensação, as moças brancas das melhores famílias eram trancafiadas e vigiadas pelos pais o mais possível. Uma vez casadas, muitas vezes com homens de 40 ou 50 anos, escolhidos pela família, só podiam sair de casa acompanhadas pelos maridos ou para a missa. Até que surgiu o primeiro convento feminino brasileiro, o de Santa Clara do Desterro, em Salvador.
Adolescentes ricas optavam pela vida religiosa, em clausura, como opção a um casamento muitas vezes indesejado, faziam voto de pobreza e obediência, mas levavam suas escravas com elas, e as joias, os trajes luxuosos, enfim, o que fosse necessário a uma vida confortável.
As jovens não abriam mão de confortos, nem de dar vazão a seus desejos íntimos. Em pouco tempo, o convento do Desterro transformou-se no mais cobiçado palácio da luxúria da colônia.

Capítulo 6 – Letramento
Uma busca em 66 inventários do século XVIII e início do século XIX, em Viamão, Porto Alegre e arredores, realizada pelo historiador Fábio Kühn, encontrou livros em apenas seis deles. Os outros 60 poderiam ter livros e não os terem declarado? A hipótese é muito improvável, pois livros, caros e vindos d'além-mar, entravam nos testamentos praticamente sem exceção.
Ora, os 66 testados eram a elite econômica local, boa parte dela nascida na metrópole ou nos Açores, e mesmo os seis proprietários de livros tinham ao todo 75 exemplares, 43 deles pertencentes a um único indivíduo, Antero José Vieira de Brito.
De Laguna a Porto Alegre, o letramento era uma ciência desconhecida, paradoxalmente admirada. O capitão Francisco Pires Casado, um dos homens mais importantes de Viamão, foi elogiado por ser “versado na língua latina e dado à leitura dos livros”. Ser leitor, ao lado de ser conquistador de novas terras, era motivo para obter privilégios, títulos de nobreza, ao mesmo tempo em que se esperava da nobreza da terra um mínimo de letramento. No entanto, dos 1.753 alunos brasileiros que chegaram a estudar em Coimbra4 em todo século XVIII, apenas 25 eram do Sul, a maioria deles de Colônia do Sacramento, no rio da Prata.
Os egressos do ensino superior, uma vez retornados ao Brasil, tinham em geral acesso a cargos públicos e a boas oportunidades de carreira, principalmente no Direito. Na economia das mercês, os feitos intelectuais, as demonstrações de erudição, só não eram mais recompensados que os feitos militares. No caso de Laguna e do Continente do Rio Grande, territórios de constantes guerras de conquista, evidentemente os últimos eram ainda mais valorizados, a ponto de justificar a negligência com as letras. Não há notícia de se ter instalado uma escola em Laguna ou Viamão no século XVIII.
Santa Catarina e Rio Grande tornaram-se parte do Brasil por obstinação dos paulistas, seus primeiros e mais importantes colonizadores. Esses, como qualquer português, louvavam a erudição, mas passavam longe dos livros. Uma investigação em 450 inventários da vila de São Paulo entre 1578 e 1700 encontrou apenas 55 livros em 15 testamentos.

Capítulo 7 – Coari
Coari é isso aí, a soma dos piores hábitos de 512 anos de história nacional.
O que fazer? Cortar os royalties e proibir a prefeitura de contratar gente até botarem ordem na casa e passarem a respeitar a si mesmos, aos outros e ao que é público, noção de todo ausente naquelas paragens.
Dada a tradição histórica brasileira, nada disso será feito. É mais fácil convencer a Petrobrás a investir nos tais “programas sociais”, colocar mais dinheiro no saco sem fundo, ah, a tradição perdulária nacional!
Passar a mão na cabeça é a atitude esperada pelos brasileiros, é a atitude provável, coerente com a tradição autodepreciativa, pois diante da constatação, iniciada no primeiro livro escrito no Brasil, por Manuel da Nóbrega, Discurso sobre a conversão do gentio, o país é uma beleza, mas o povo é incorrigível, ideia cara até aos intelectuais de esquerda do século XX. Se é incorrigível, coitadinho, né?
Não, o povo não é incorrigível. Nenhum povo é incorrigível. Difícil é vencer o fatalismo nas análises históricas e sociológicas, o discurso autodepreciativa que justifica não fazer nada para corrigir a tragédia de Coari, exemplo exacerbado da tragédia nacional, a tragédia de ser uma “modificação e uma modulação original e vasta da cultura ocidental”, como bem observou José Guilherme Merquior, talvez o melhor pensador que o país já teve, e mesmo assim ser um lugar onde a lei se cumpre o menos possível, burocrático, bagunçado, corrupto, ineficiente, que lava peixe no esgoto e acostumado a colocar a culpa nos outros, nos estrangeiros ou no próprio povo.
Enquanto houver Coari desse jeito, Nelson Rodrigues segue tendo razão: não dá para ter motivos pessoais para a autoestima. Motivos históricos até se pode ter, um João Gonçalves da Costa qualquer povo exaltaria, mas é preciso livrar a história dos mitos e dessa bobagem de culpar os portugueses como se “brasileiro” não fosse profissão de português. Segue sendo.

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30 novembro 2012

Vagas de trabalho para diversos cargos - corra!


1. Sebrae Bahia abre processo seletivo para cargo de assistente


2. Vagas na UNESCO - Brasil (até novembro e dezembro)




Vagas disponíveis no Escritório da UNESCO no Brasil


Legal Assistant - VN/ACPE/12/GS/008 
Data limite para enviar currículo: 12 de Dezembro de 2012
  • Ao candidatar-se, leia atentamente o anúncio da vaga.
  • Envie para o endereço informado no anúncio, uma carta de candidatura e seu currículo
  • Utilize, preferencialmente, o currículo no Modelo Oficial de Currículo da UNESCO(doc).

Vagas disponíveis (link externo)

Outros trabalhos
Visite também o site UNESCO's Employment and Internships [Trabalho e Estágio na UNESCO], onde há informações adicionais sobre postos internacionais vagos neste escritório, nesta região ou no mundo.



Vagas em Projetos da UNESCO no Brasil

Os processos seletivos dos projetos são conduzidos diretamente pela coordenação executiva de cada projeto, cabendo à UNESCO do Brasil o acompanhamento e monitoriamento dos processos de contratação.
As candidaturas deverão ser encaminhadas para o endereço indicado em cada anúncio, obedecendo os prazos determinados em cada edital.

PROJETO 914BRA2015 - Edital 021/2012
Vagas Disponíveis: graduação em engenharia ou ciência da computação
Responsável Técnico pela Seleção: IBICT
Data limite para entrega do currículo: 04 dezembro, 2012
PROJETO 914BRZ1122 - Edital 08/2012
Vagas Disponíveis: graduação em Comunicação Social ou em ciências humanas e sociais.
Responsável Técnico pela Seleção: UNESCO

Data limite para entrega do currículo: dezembro 03, 2012
PROJETO 570BRZ5003 - Edital 01/2012
Vagas Disponíveis: graduação em ciência política, com mestrado
Responsável Técnico pela Seleção: UNESCO
Data limite para entrega do currículo: 04 dezembro, 2012
PROJETO 570BRZ1011 - Edital 01/2012 Republicação
Vagas Disponíveis: nível superior completo em áreas diversas (favor consultar o edital)
Responsável Técnico pela Seleção: UNESCO
Data limite para entrega do currículo: 01 dezembro, 2012
PROJETO 914BRZ1128.20 - Edital 12/2012
Vagas Disponíveis: graduação na área de ciências humanas ou sociais
Responsável Técnico pela Seleção: UNESCO
Data limite para entrega do currículo: dezembro 02, 2012
PROJETO 914BRZ2001 - Edital 05/2012
Vagas Disponíveis: graduação em áreas diversas (favor consultar edital)
Responsável Técnico pela Seleção: UNESCO
Data limite para entrega do currículo: dezembro 10, 2012
PROJETO 914BRZ2018 - Edital 30/2012
Vagas Disponíveis: Doutorado em Ciências Exatas ou naturais ou geociências
Responsável Técnico pela Seleção: MCT
Data limite para entrega do currículo: outubro 30, 2012
PROJETO 914BRZ1101  - Edital 04/2012 
Vagas Disponíveis: nível superior completo em áreas diversas (favor consultar o edital)
Responsável Técnico pela Seleção: PN-DST/AIDS
Data limite para entrega do currículo: Fevereiro 03, 2012
Do

27 novembro 2012

Como se livrar da maré de estupidez


homem medita a beira mar
Tenho visto a decadência do bom senso no trânsito, nas relações de vizinhança, em muitas situações no trabalho. Acredito na meditação, na alimentação correta, no poder da humildade e na evolução espiritual.

A Terra está passando por uma transição na qual energias novas colocam em xeque as por milênios aqui instaladas. Quando antigos valores estão desaparecendo, sobretudo nas metrópoles, atitudes civilizadas estão perdendo forças, comprometendo a harmonia e o equilíbrio coletivos. Mas é possível estar diante desta transição de forma inteligente, como colaborador de fluidos superiores, vacinando nossos pensamentos, atitudes e emoções contra tensão e conflitos. Quando se entra nessa maré de estupidez, como num software craqueado, sem confiabilidade por  estar corrompido em sua essência, ficamos impacíveis de evolução por estar impedido das atualizações importantes para a solução de erros.
O primeiro passo é tomar consciência de que no próprio ser há um núcleo que está acima dos pensamentos normais e das emoções, um núcleo de harmonia estável, que não se deixa abalar por nenhuma situação externa. Trata-se de aspirar ao contato e à identificação com esse núcleo.
O segundo passo é o de aprender a frear a mente para impedir sua tendência a se envolver com os estímulos desarmonizadores que recebe. Esses dois passos - o do reconhecimento do núcleo de paz interior e o do controle da mente - são fundamentais. Ante qualquer situação conflituosa, esses passos têm grande valor.
Outro passo essencial é o de não deixar que a inércia se implante no ser. A tensão e a depressão enfraquecem o corpo de energias, o chamado corpo etérico que, se estiver desvitalizado, leva a pessoa à apatia. É indispensável o correto uso da vontade e a realização de atividades evolutivas. Pessoas que estejam passando pelo assédio de forças psíquicas desordenadas ou que tenham sido abaladas por algum choque ou perda não deveriam isolar-se, nem confirmar esse estado, mas, sim, ir ao encontro de atividades que possam beneficiar os demais.
A higiene, a ordem e a harmonia em si próprio e no ambiente são mais importantes do que se pensa, pois evitam o ingresso em estados de caos. Mantê-las é uma espécie de medida preventiva, profilática, que não deve faltar, dado que as forças conflituosas dos níveis psíquicos se sustentam com essas desarmonias. Além disso, diante de instabilidades emocionais ou mentais, o relacionamento com o alimento se desestabiliza: a pessoa tanto pode passar a comer em demasia, na tentativa de compensar a desvitalização - o que não resolve, pois sua causa não é física -, quanto pode perder o apetite, por causa da apatia e do desinteresse pela vida. Em quaisquer circunstâncias, a alimentação simples, sem condimentos excessivos, contribui para a regularização dos ritmos orgânicos.
É também fundamental manter sempre a própria independência quanto às opiniões e às idéias circulantes que, em geral, só confundem; exemplo disso é a ansiedade que se instala em razão da crença de que a saúde do corpo se perde se não se dorme bem. Se a pessoa não consegue dormir, em vez de se deixar levar por essa ansiedade ou pela angústia, deveria usar criativamente o tempo, realizando alguma tarefa útil e assim buscando disciplinar a atividade mental. Quando desordenada, é ela a principal causa de insônia.
Um poderoso auxílio no restabelecimento do equilíbrio é ouvir peças musicais inspiradas. Obras de qualidade elevada são capazes de reorganizar as energias da pessoa e podem ser curativas, tanto quanto uma boa leitura. Essas sugestões são preliminares para viver em paz interior e com sabedoria a época atual. Quando alguém as adota com determinação, pode canalizar e irradiar as energias do porvir num mundo que hoje está desorientado.
Enfim, a fé, a autodisciplina e a ausência de especulações mentais levam ao contato com a vida interior, encontro que não pode ser adiado nos tempos que correm.

José Trigueirinho Netto é escritor, filósofo e membro-fundador do Centro Espiritual Figueira.

17 novembro 2012

Só tem Mulher Quem Pode! - Luiz Fernando Veríssimo.



Um homem Inteligente Falando das Mulheres

O desrespeito à natureza tem afetado a sobrevivência de vários seres e entre os mais ameaçados está a fêmea da espécie humana.
Tenho apenas um exemplar em casa,que mantenho com muito zelo e dedicação, mas na verdade acredito que é ela quem me mantém. Portanto, por uma questão de auto-sobrevivência, lanço a campanha 'Salvem as Mulheres!'
Tomem aqui os meus poucos conhecimentos em fisiologia da feminilidade a fim de que preservemos os raros e preciosos exemplares que ainda restam:
Habitat
Mulher não pode ser mantida em cativeiro. Se for engaiolada, fugirá ou morrerá por dentro. Não há corrente que as prenda e as que se submetem à jaula perdem o seu DNA. Você jamais terá a posse de uma mulher, o que vai prendê-la a você é uma linha frágil que precisa ser reforçada diariamente.
Alimentação correta

Ninguém vive de vento. Mulher vive de carinho. Dê-lhe em abundância. É coisa de homem, sim, e se ela não receber de você vai pegar de outro. Beijos matinais e um 'eu te amo’ no café da manhã as mantém viçosas e perfumadas durante todo o dia. Um abraço diário é como a água para as samambaias. Não a deixe desidratar. Pelo menos uma vez por mês é necessário, senão obrigatório, servir um prato especial.
Flores

Também fazem parte de seu cardápio – mulher que não recebe flores murcha rapidamente e adquire traços masculinos como rispidez e brutalidade.
Respeite a natureza

Você não suporta TPM? Case-se com um homem. Mulheres menstruam, choram por nada, gostam de falar do próprio dia, discutir a relação? Se quiser viver com uma mulher, prepare-se para isso.
Não tolha a sua vaidade

É da mulher hidratar as mechas, pintar as unhas, passar batom, gastar o dia inteiro no salão de beleza, colecionar brincos, comprar muitos sapatos, ficar horas escolhendo roupas no shopping. Entenda tudo isso e apoie.

Cérebro feminino não é um mito

Por insegurança, a maioria dos homens prefere não acreditar na existência do cérebro feminino. Por isso, procuram aquelas que fingem não possuí-lo (e algumas realmente o aposentaram!). Então, aguente mais essa: mulher sem cérebro não é mulher, mas um mero objeto de decoração. Se você se cansou de colecionar bibelôs, tente se relacionar com uma mulher. Algumas vão lhe mostrar que têm mais massa cinzenta do que você. Não fuja dessas, aprenda com elas e cresça. E não se preocupe, ao contrário do que ocorre com os homens, a inteligência não funciona como repelente para as mulheres.
Não faça sombra sobre ela
Se você quiser ser um grande homem tenha uma mulher ao seu lado, nunca atrás.Assim, quando ela brilhar, você vai pegar um bronzeado. Porém, se ela estiver atrás, você vai levar um pé-na-bunda.
Aceite: mulheres também têm luz própria e não dependem de nós para brilhar. O homem sábio alimenta os potenciais da parceira e os utiliza para motivar os próprios. Ele sabe que, preservando e cultivando a mulher, ele estará salvando a si mesmo.

É, meu amigo, se você acha que mulher é caro demais, vire gay.

Só tem mulher quem pode!
Luiz Fernando Veríssimo

04 outubro 2012

Para entender o carlismo - Carta a ACM Neto



O texto do  Wilson Gomes é indispensável para compreender o coronelismo no Nordeste Brasileiro a partir da Bahia - considerada uma assim capitania hereditária dos Magalhães, família do falecido Antônio Carlos Magalhães. Segue na íntegra:
       Caro Antonio Carlos Magalhães Neto, sei que pode parecer não fazer falta para o seu estoque, mas como os seus votos estão minguando nesta “reta final”, considere a possibilidade de contar com o meu voto. É magrinho, mas é limpinho. Entretanto, como o meu DNA calvinista me impede de dar alguma coisa, assim, do nada, proponho uma barganha. Eu te dou o meu voto e a sua família devolve a minha Bahia.
Explico. Não é por nada, mas é que me incomoda o fato de a sua família ter marcado a Bahia inteira, como fazem os bichos territoriais que vejo no Animal Planet, com o seu cheiro...digo, nome. É difícil achar qualquer coisa pública criada nos últimos vinte anos nesta Província - viaduto, avenida, município, aeroporto, escola... monumento nem se fala - sem o nome de alguém da sua família ou de pessoas a ela consorciadas.
Quer prova? Dê um google. Se até mesmo a vovó (a sua) Arlete Magalhães, que ao que me resulta nunca recebeu um voto popular na Bahia, é nome de umas 15 escolas e centros de educação infantil e de umas três ruas no estado... Nem vou falar de vovô (o seu!) que deu mais nome a logradouros e edifícios públicos na Bahia que Luís XIV, o Rei Sol, foi capaz de dar ao Estado Francês durante os anos da sua glória. Titio (o seu, sempre o seu) nem se fala, não é mesmo? Começa pelo mausoléu em Pituaçu, guardado pela nossa força militar, com bandeira sempre tremulante e pira eternamente acesa, que daria uma pontinha de inveja a Shah Jahan, o imperador mongol que mandou fazer o Taj Mahal. Sem mencionar a, horror dos horrores!, usurpação do nome sagrado do Dois de Julho, trocado pelo de Dom Eduardo Magalhães, no aeroporto desta Cidade de São Salvador. E ainda tem outro monumento fúnebre, na Av. Garibaldi, para um sujeito cujo grande mérito público foi ter sido o candidato de ACM e morrido durante a campanha. Pois é.
Sei que tudo isso parece natural à sua família. Que talvez ainda ache pouco, e só lamente que essa porção de terra onde vivemos não seja oficialmente reconhecida como uma Capitania Hereditária dos Magalhães. Sei que eu estou me queixando de barriga cheia e que já dou sorte porque não deu tempo de estabelecer um Império Caronlígio Tropical - já que Carlos por Carlos, por que Carlos Magno estabeleceu uma dinastia e Antonio Carlos, não? Só por que o franco foi magno não quer dizer que o bahiense seja mínimo, não é mesmo? Reconheço isso tudo, embora um documentário que vi no Discovery tenha dito, para minha surpresa, que aquele Estreito de Magalhães lá do finzinho da América do Sul se refere a um obscuro navegador português e não a algum pródigo argonauta da sua família. Esse Discovery deve ser meio petista. Liga não.
Por outro lado, que sorte a de Antonio Vieira, Joana Angélica, Maria Quitéria, Ruy Barbosa e Castro Alves, heim? Já imaginou se tivessem morrido depois da instauração do direito feudal dos Magalhães de colocar o próprio nome em tudo o que é público? Não iria sobrar nada para os coitadinhos. Preocupa-me um pouco, claro, o fato de ter mais coisas na Bahia em nome de Dona Arlete do que de Raul Seixas, Glauber Rocha e Jorge Amado, mas são ossos do ofício, não é? Matriarca é uma coisa, artista é outra. Inda mais quando uma está viva e os outros, mortos. Agora o que me incomoda mesmo é que não sobre nada, nadica, para a gente perpetuar a memória de Caetano, João Ubaldo, Gilberto Gil e outros baianos sabidos que há por aí. É que gosto desses, sabe? Apego besta, sei que não são Magalhães, mas, coitados, isso não é dado a todos. Fico com medo de que ACM Bisneto ou ACM Tetraneto usem tudo quanto for logradouro, prédio, monumento, quiçá a própria Bahia, para colocar os nomes dos filhos de Luis Eduardo, do seu próprio, suas esposas, amigos, primos e apaniguados.
Bem era isso. Nem precisa que o Sr. devolva o nome dos logradouros e edifícios já recobertos pela honra do nome da sua família. Proponho quotas. Sei que é uma palavra petista aos seus ouvidos, mas não se assuste, pois, como vê, estou usando a grafia clássica. Uma quota de, digamos, 75% para os Magalhães e 25% para os demais, baianos e não-baianos, já me deixaria satisfeito. Mas também faço por 20% e não se fala mais nisso.
Pense com carinho. Qualquer coisa, me procure até o dia 7.
Atenciosamente. Seu, humilíssimo, WG.

Wilson Gomes é professor titular da Faculdade de Comunicação da UFBa, pós-doutor pela Universidade de São Paulo e cientista político.
Fonte: Perfil de Wilson Gomes no Facebook
Indicação de leitura complementar: Blog Comunicação e Política

03 outubro 2012

O poder da persuasão: como fazer negócios milionários


A lição é de um vendedor da roça

Um garotão inteligente, vindo da roça, candidatou-se a um emprego numa grande loja de departamentos da cidade. Na verdade, era a maior loja de departamentos do mundo, tudo podia ser comprado ali.
O gerente perguntou ao rapaz:
- Você já trabalhou alguma vez?
- Sim, eu fazia negócios na roça.
O gerente gostou do jeitão simples do moço e disse:
- Pode começar amanhã. No fim da tarde venho ver como se saiu.
O dia foi longo e árduo para o rapaz. Às 17h30 o gerente se acercou do novo empregado para verificar sua produtividade e perguntou:
- Quantas vendas você fez hoje?
- Uma!
- Só uma? A maioria dos meus vendedores faz de 30 a 40 vendas por dia.
- De quanto foi a sua venda ?
- Dois milhões e meio de reais.
- COMO CONSEGUIU ISSO???
- Bem, o cliente entrou na loja e eu lhe vendi um anzol pequeno, depois um anzol médio e finalmente um anzol bem grande. Depois vendi uma linha fina de pescar, uma de resistência média e uma bem grossa.. Para pescaria pesada. Perguntei onde ele ia pescar e ele me disse que ia fazer pesca oceânica. Eu sugeri que talvez fosse precisar de um barco, então o acompanhei até a seção de náutica e lhe vendi uma lancha importada, de primeira linha. Aí eu disse a ele que talvez um carro pequeno não fosse capaz de puxar a lancha e o levei à seção de carros e lhe vendi uma caminhoneta com tração nas quatro rodas.
Perplexo, o gerente perguntou:
- Você vendeu tudo isso a um cliente que veio aqui para comprar um pequeno anzol?
- Não senhor . Ele entrou aqui para comprar um pacote de absorventes para a mulher, e eu disse: Já que o seu fim de semana está perdido, por que o senhor não vai pescar?



AVENTURAR-SE É PRECISO!

  CAVALEIRO DE PAUS (Fonte: personare.com.br) O Cavaleiro de Paus como arcano de conselho para este momento de sua vida sugere que é chegado...