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18 junho 2010

Um descanso no caminho de Saramago


"O viajante está feliz. Nunca na vida teve tão pouca pressa. Senta-se na beira de um destes túmulos, afaga com as pontas dos dedos a superfície da água, tão fria e tão viva, e, por um momento, acredita que vai decifrar todos os segredos do mundo. É uma ilusão que o assalta
de longe em longe, não lho levem a mal". José Saramago


Acabo de ser informado da morte do escritor português José Saramago, aos 87 anos.
Primeiro Prêmio Nobel português, se despediu de nós nesta sexta-feira em sua casa nas Ilhas Canárias, segundo editora que publica seus livros na Espanha, a Alfaguara.
Em nosso BLog, Saramago é destacado por seu depoimento de esperança no Barack Obama, que ele chamou "negro com nome muçulmano, 44º. presidente da nação norte-americana". Em tudo que escreveu, Saramago foi contumaz contra as injustiças, a Igreja e os grandes poderes econômicos, considerados por ele "grandes doenças do nosso tempo".
"Estamos afundados na merda do mundo e não se pode ser otimista. O otimista, ou é estúpido, ou insensível ou milionário", bradou o escritor em dezembro de 2008, durante apresentação em Madri de "As Pequenas Memórias", obra em que recorda sua infância entre os cinco e 14 anos.
Sua origem é da Azinhaga, centro de Portugal, onde cresceu filho de camponeses. Nos últimos anos, morava em Lanzarote, nas Ilhas Canárias (Espanha), com a tradutora e jornalista Pilar del Río.
Entre suas obras mais lidas, "O Ano da Morte de Ricardo Reis", "O Evangelho Segundo Jesus Cristo" e "Ensaio sobre a Cegueira".

Fonte: Post inspirado na reportagem da Inmaculada Sanz e da Raquel Castillo (Reuters)

"Morreu hoje um dos escritores mais fantásticos da Língua Portuguesa. Um homem generoso, extremamente inteligente e lúcido. Faltam palavras para descrever a figura que foi José Saramago, suas ideias. Felizmente, ele as deixou todas para nós. Não apenas por seus livros, os melhores. Um homem que, aos 87 anos, dispõe-se a manter um blog (Outros cadernos de Saramago), não é um homem qualquer. Um comunista sem ranço, que enxergava longe, além.
Ainda bem que quem deixa Ensaio sobre a cegueira não nos deixa completamente sem chão. Não morre nunca."
Depoimento da editora de um de seus blogs, Cristina P. Rodrigues. às 10:21

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