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29 setembro 2008

Idiomas - Quantos há no Brasil?



Quantas línguas são faladas no Brasil? Dê um palpite. Uma, 5, 10, 20...? Errou. Tente de novo e se prepare para novos erros e uma grande surpresa. Incluindo o português, o idioma oficial do País, existem 192 línguas vivas no território brasileiro, número que nos coloca entre os países onde se fala o maior número de línguas em todo o mundo.

O levantamento foi feito pelo Summer Institute of Linguistics, uma ONG mundial, com sede nos Estados Unidos e mais de 6 mil pesquisadores espalhados pelos cinco continentes. A principal área de atuação do SIL é o estudo de línguas e da literatura indígenas, o que lhe valeu um status especial no conselho da Unesco, o órgão da ONU voltado para a educação e a cultura.

Desde o Descobrimento do Brasil, 75% das línguas indígenas faladas por aqui desapareceram - por aculturação ou
mesmo pela dizimação de inúmeras populações indígenas. Mesmo entre as 192 línguas que resistiram, o quadro não é dos mais promissores: no catálogo do SIL, 42 delas estão classificadas como praticamente extintas, enquanto outras 91 são apresentadas com a inscrição "alto risco de extinção". Fazendo as contas, restam 59 línguas genuinamente brasileiras. Ainda assim um número surpreendente, não é mesmo?

Entre as línguas que desaparecerão a curto prazo, os pesquisadores do SIL destacam o aricapu, o oro win e o juma, entre outras. Um levantamento de 1998 indica que apenas seis pessoas, na região do Rio Guaporé, em Rondônia, ainda falam - ou falavam - o aricapu. Outras cinco pessoas às margens do Rio Pacaas, um afluente do Rio Mamoré, próximo à fronteira Brasil-Bolívia, falam o oro win. O juma, um ramo do tupi-guarani, ainda resiste - ou resistia, também em 1998 - graças à sua utilização por um grupo de quatro pessoas, todas da mesma família, na margem do Rio Acua, no interior da Amazônia.

Maiores, mas nem por isso livres da ameaça de extinção, aparecem o anambé e o creie, no interior do Pará; o aruá, o
caripuná e o mondé, em Rondônia; o carahawiana e o torá, ao norte do Amazonas - línguas faladas por comunidades indígenas formadas por, no máximo, cem pessoas, número insuficiente para garantir a sua preservação.

Entre as línguas que não correm risco imediato de extinção aparecem o creole, utilizada por cerca de 25 mil pessoas no Amapá; o caingangue (18 mil pessoas espalhadas por sete Estados brasileiros, incluindo São Paulo e Paraná); o caiwá, uma língua originária do tupi-guarani, falada por 15 mil brasileiros; o terena, utilizado por 15 mil pessoas no interior de Mato Grosso do Sul; e o ticuna, uma língua originária do Peru, mas utilizada por 12 mil brasileiros no norte da Amazônia; além do guarani, ainda hoje falado por cerca de 5 mil pessoas no centro-oeste paranaenese, com influência também em algumas áreas de Santa Catarina, Rio Grande do Sul, São Paulo, Minas Gerais e Espírito Santo.


Matéria tirada daqui.

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