Amor. Amor à sabedoria. Amor ao humor. Amor ao trivial e ao especial. Buscas e encontros de boas práticas para o corpo-físico, corpo-mental, corpo-espiritual, corpo-animal e corpo-divino.
cabeç
30 julho 2009
Vida a dois: É possível mudar o outro?
por Patricia Gebrim (*)
É possível mudar o nosso parceiro em um relacionamento?
Gente!!! É muito sério o que tenho para dizer. Por favor, peguem uma folha de papel em branco, canetinhas coloridas de todas as cores, purpurina, tintas... e escrevam bem grande no centro da folha, com direito a gliter e luzes coloridas:
* NINGUÉM MUDA NINGUÉM*
Escreveu?
Agora pendure a folha em um lugar bem visível e leia essa frase ao menos 100 vezes todos os dias, antes de dormir e ao despertar!
Acreditem, é incrível o número de pessoas que ainda desconsideram essa verdade.
Entram em relacionamentos e se enganam, fingindo que certas características do parceiro estão lá quase por acaso, mas que com certeza essas coisas mudarão quando a fada boa do amor cantar sua canção de ninar para o casal apaixonado. Quase como se o amor fosse uma espécie de borracha gigante com a qual pudéssemos apagar do outro as imperfeições que tanto nos incomodam.
Repito... isso não vai acontecer! Amor não é borracha!
Um dos maiores problemas que vejo nos relacionamentos atualmente está no fato de que as pessoas ficam tão desesperadas para encontrar um parceiro que basta alguém as escolher para que se sintam imediatamente gratas por serem salvas desse horrendo destino: solidão. Com isso, nunca escolhem. Basta que sejam escolhidas. Se um sapo as escolhe, vira príncipe na hora!
E se forem escolhidas por alguém que tenha valores muito diferentes dos seus, por exemplo, as pessoas resolvem essa “pequena dificuldade” negando essas diferenças e dizendo a si mesmas que com o tempo isso irá mudar e, magicamente, os dois se tornarão parecidos, quase iguais.
BESTEIRA!
O tempo vai passando e isso não acontece. O outro não muda! E aquelas diferenças começam a incomodar. E em breve os dois estão desesperadamente tentando mudar um ao outro, como se essa fosse a saída para que a relação pudesse funcionar. Em geral nesse processo alguém se torna o cobrador e o outro se torna o que é cobrado e sufocado. Ambos vivenciam a frustração e a dor ao se deparar com a dura verdade: o outro simplesmente não vai mudar.
O outro não vai dar mais do que pode só porque você quer.
O outro não vai aceitar menos do que acredita merecer só porque você quer!
Tente perceber... é muito importante que você perceba isso:
Se, lá no começo de tudo, você tiver calma, se der a si mesmo tempo para conhecer melhor a pessoa que chegou à sua vida, se conseguir escapar dessa loucura coletiva que o leva a aceitar a primeira pessoa que aparecer... se puder fazer isso, talvez possa dar a si mesmo a chance de conhecer o outro melhor antes de fazer uma escolha. E ao fazer isso, talvez possa escolher melhor.
Imagine que você seja uma pessoa doce e carinhosa e decida ter um bichinho de estimação. Você fica tão ansioso para comprar o bichinho que acaba comprando o primeiro que encontrou... um lindo peixe dourado em um aquário redondo. Você leva o aquário para casa todo feliz e o coloca em um lugar de destaque na sua sala. Mas aí a noite chega e você começa a se sentir só... e percebe que sente falta de toque. Pega o peixe dourado e ... o coloca no colo... Ops! E agora?
Peixes não são muito de abraçar. Para falar a verdade eles parecem morrer quando os tiramos de seu mundinho particular... entenda... não adianta querer colocar no colo um peixinho dourado! Não vai funcionar!
Se era tão importante para você afagar um bichinho... por que comprou logo um... peixe????
Devia ter comprado um cachorro... um coelho... talvez um gato (se bem que a maioria dos gatos não são muito de afagos). Mas... um peixe????
Com isso quero deixar clara a importância da escolha, de uma escolha consciente.
Agora, se você já comprou o peixe... NÃO ADIANTA QUERER QUE ELE VIRE UM CACHORRO, entende? Ele não irá NUNCA latir ou se deitar no seu colo. Ou você aceita o peixe como é ou aceita que fez uma besteira, escolheu errado. Nesse caso, deixe que o peixe se vá e corra a um pet shop em busca do cachorrinho mais fofo e peludo que encontrar!
Loucura, no meu ver, é o que vejo em muitos relacionamentos. Gente brigando anos para transformar peixe em cachorro, tartaruga em águia, elefante em gazela... gente perdendo um tempo precioso que não volta mais, tentando encontrar culpados onde não há culpa alguma.
A culpa não é do outro! Um peixe tem todo o direito de ser peixe, afinal!
Nós é que precisamos ter mais clareza do que buscamos, aprender a ter mais calma e consciência em nossas escolhas e parar de agir desesperadamente por medo dessa tal solidão.
(*) Patricia Gebrim é psicóloga e escritora. Esse texto foi publicado em http://www2.uol.com.br/vyaestelar/eu_vidaadois.htm
24 julho 2009
Gestão de resultados
Em uma cidade do interior, viviam duas mulheres que tinham o mesmo nome: Flávia. Uma era freira e a outra, taxista. Quis o destino que morressem no mesmo dia. Quando chegaram ao céu, São Pedro as esperava.
- O teu nome?
- Flávia.
- A freira?
- Não, a taxista.
São Pedro consulta as suas notas e diz:
- Bem, ganhastes o paraíso. Leva esta túnica com fios de ouro. Pode entrar.
A seguir...
- O teu nome?
- Flávia.
- A freira?
- Sim, eu mesma.
- Bem, ganhastes o paraíso... Leva esta túnica de linho. Pode entrar.
A religiosa diz:
- Desculpe, mas deve haver engano. Eu sou Flávia, a freira!
- Sim, minha filha, e ganhastes o paraíso. Leva esta túnica de linho...
- Não pode ser! Eu conheço a outra Flávia, Senhor. Era taxista, vivia na minha cidade e era um desastre! Subia as calçadas, batia com o carro todos os dias, conduzia pessimamente e assustava as pessoas. Nunca mudou, apesar das multas e repreensões policiais. E quanto a mim, passei 65 anos pregando todos os domingos na paróquia. Como é que ela recebe a túnica com fios de ouro e eu esta de linho?
- Não há nenhum engano - diz São Pedro. - É que, aqui no céu, adotamos uma gestão mais profissional do que a de vocês lá na Terra...
- Não entendo!
- Eu explico: Já ouviu falar de Gestão de Resultados? Agora nos orientamos por objetivos, e observamos que nos últimos anos, cada vez que tu pregavas, as pessoas dormiam. E cada vez que ela conduzia o táxi, as pessoas rezavam!
- Resultado é o que importa.
20 julho 2009
GRIPE SUÍNA: perguntas e respostas
Importante saber mais sobre essa doença nova que já matou 18 pessoas no Brasil.
1.- Quanto tempo dura vivo o vírus suíno numa maçaneta ou superfície lisa?
Até 10 horas.
2. - Quão útil é o álcool em gel para limpar-se as mãos?
Torna o vírus inativo e o mata.
3.- Qual é a forma de contágio mais eficiente deste vírus?
A via aérea não é a mais efetiva para a transmissão do vírus, o fator mais importante para que se instale o vírus é a umidade, (mucosa do nariz, boca e olhos) o vírus não voa e não alcança mais de um metro de distancia.
4.- É fácil contagiar-se em aviões?
Não, é um meio pouco propício para ser contagiado.
5.- Como posso evitar contagiar-me?
Não passar as mãos no rosto, olhos, nariz e boca. Não estar com gente doente. Lavar as mãos mais de 10 vezes por dia.
6.- Qual é o período de incubação do vírus?
Em média de 5 a 7 dias e os sintomas aparecem quase imediatamente.
7.- Quando se deve começar a tomar o remédio?
Dentro das 72 horas os prognósticos são muito bons, a melhora é de 100%
8.- De que forma o vírus entra no corpo?
Por contato ao dar a mão ou beijar-se no rosto e pelo nariz, boca e olhos.
9.- O vírus é mortal?
Não, o que ocasiona a morte é a complicação da doença causada pelo vírus, que é a pneumonia.
10.- Que riscos têm os familiares de pessoas que faleceram?
Podem ser portadores e formar uma rede de transmissão.
11.- A água de tanques ou caixas de água transmite o vírus?
Não porque contém químicos e está clorada
12.- O que faz o vírus quando provoca a morte?
Uma série de reações como deficiência respiratória, a pneumonia severa é o que ocasiona a morte.
13.- Quando se inicia o contagio, antes dos sintomas ou até que se apresentem?
Desde que se tem o vírus, antes dos sintomas.
14.- Qual é a probabilidade de recair com a mesma doença?
De 0%, porque fica-se imune ao vírus suíno.
15.- Onde encontra-se o vírus no ambiente?
Quando uma pessoa portadora espirra ou tosse, o vírus pode ficar nas superfícies lisas como maçanetas, dinheiro, papel, documentos, sempre que houver umidade. Já que não será esterilizado o ambiente se recomenda extremar a higiene das mãos.
17.- O vírus ataca mais às pessoas asmáticas?
Sim, são pacientes mais suscetíveis, mas ao tratar-se de um novo germe todos somos igualmente suscetíveis.
18.- Qual é a população que está atacando este vírus?
De 20 a 50 anos de idade.
19.- É útil a máscara para cobrir a boca?
Existem alguns de maior qualidade que outros, mas se você não está doente é pior, porque os vírus pelo seu tamanho o atravessam como se este não existisse e ao usar a máscara, cria-se na zona entre o nariz e a boca um microclima úmido próprio ao desenvolvimento viral: mas se você já está infectado use-o para não infectar aos demais, apesar de que é relativamente eficaz.
20.- Posso fazer exercício ao ar livre?
Sim, o vírus não anda no ar nem tem asas.
21.- Serve para algo tomar Vitamina C?
Não serve para nada para prevenir o contagio deste vírus, mas ajuda a resistir seu ataque.
22.- Quem está a salvo desta doença ou quem é menos suscetível? A salvo não esta ninguém, o que ajuda é a higiene dentro de lar, escritórios, utensílios e não ir a lugares públicos.
23.- O vírus se move?
Não, o vírus não tem nem patas nem asas, a pessoa é quem o coloca dentro do organismo.
24.- Os mascotes contagiam o vírus?
Este vírus não, provavelmente contagiem outro tipo de vírus.
25.- Se vou ao velório de alguém que morreu desse vírus posso me contagiar?
Não.
26.- Qual é o risco das mulheres grávidas com este vírus?
As mulheres grávidas têm o mesmo risco mas por dois, podem tomar os antivirais mas em caso de de contagio e com estrito controle médico.
27.- O feto pode ter lesões se uma mulher grávida se contagia com este vírus? Não sabemos que estragos possa fazer no processo, já que é um vírus novo.
28.- Posso tomar acido acetilsalicílico (aspirina)?
Não é recomendável, pode ocasionar outras doenças, a menos que você tenha prescrição por problemas coronários, nesse caso siga tomado.
29.- Serve para algo tomar antivirales antes dos síntomas?
Não serve para nada.
30.- As pessoas com AIDS, diabetes, câncer, etc., podem ter maiores complicações que uma pessoa sadia se contagiam com o vírus?
SIM.
31.- Uma gripe convencional forte pode se converter em influenza?
NAO.
32.- O que mata o vírus?
O sol, mais de 5 dias no meio ambiente, o sabão, os antivirais, álcool em gel.
33.- O que fazem nos hospitais para evitar contágios a outros doentes que não têm o vírus?
O isolamento.
34.- O álcool em gel é efetivo?
SIM, muito efetivo.
35.- Se estou vacinado contra a influenza estacional sou inócuo a este vírus? Não serve para nada, ainda não existe vacina para este vírus.
36.- Este vírus está sob controle?
Não totalmente, mas estão tomando medidas agressivas de contenção.
37.- O que significa passar de alerta 4 a alerta 5?
A fase 4 não faz as coisas diferentes da fase 5, significa que o vírus se propagou de Pessoa a Pessoa em mais de 2 países; e fase 6 é que se propagou em mais de 3 países.
38.- Aquele que se infectou deste vírus e se curou, fica imune?
SIM.
39.- As crianças com tosse e gripe têm influenza?
É pouco provável, pois as crianças são pouco afetadas.
40.- Medidas que as pessoas que trabalham devam tomar?
Lavar-se as mãos muitas vezes ao dia.
41.- Posso me contagiar ao ar livre?
Se há pessoas infectadas e que tosam e/ou espirre perto pode acontecer, mas a via aérea é um meio de pouco contágio.
42.- Pode-se comer carne de porco?
SIM pode e não há nenhum risco de contágio.
43.- Qual é o fator determinante para saber que o vírus já está controlado?
Ainda que se controle a epidemia agora, no inverno boreal (hemisfério norte) pode voltar e ainda não haverá uma vacina.
Importante o uso do álcool em gel e higiene das mãos. NGB
05 julho 2009
Estou com a gripe A H1N1?
Importante saber sobre Influenza A (H1N1)
Mudanças nas recomendações para realização de exames e indicação de tratamento
Perguntas e respostas
1. É esperado um aumento no número de casos da nova gripe? Por quê?
Sim, mas não só para a nova gripe, e sim para todos os tipos de gripe, como ocorre todos os anos. Isso porque é inverno no Hemisfério Sul e as baixas temperaturas favorecem circulação dos diversos tipos de vírus influenza, os causadores da gripe, incluindo o novo H1N1.
2. A nova gripe é mesmo parecida com a gripe comum?
Na gripe comum, a maioria dos casos apresenta quadro clínico leve e quase 100% evoluem para cura. A letalidade média no mundo é 0,4% e a quase totalidade dos óbitos é de idosos e crianças ou resultam de alguma complicação clínica prévia: pacientes com problemas respiratórios, cardíacos, renais, metabólicos, ou doenças como câncer e aids.
Na nova gripe, esse quadro se mantém. A letalidade média observada até o momento no mundo também é 0,4%. E segundo relatos dos países à Organização Mundial da Saúde (OMS), a maioria dos casos confirmados tem sintomas leves a moderados, evoluindo para cura.
3. Quais são as principais medidas anunciadas nesta sexta-feira?
Como a nova gripe tende a se parecer com a gripe comum, a principal recomendação para os pacientes é que, ao sentirem sintomas como febre, tosse, dores musculares, coriza e dor de garganta, procurem o serviço de saúde mais próximo.
Se os sintomas forem leves, o médico fará as recomendações necessárias para isolamento domiciliar, período de afastamento de trabalho e vai prescrever o tratamento dos sintomas. Nesses casos, não será feita confirmação por exame laboratorial.
Se o quadro clínico inspirar cuidados ou for grave, indicando necessidade de internação, o paciente será encaminhado para um dos 68 hospitais de referência.
4. Muda algo na recomendação para exames laboratoriais?
Sim. A confirmação da nova gripe por exame laboratorial será feita nos casos graves ou em amostras, no caso de surtos localizados. Não serão mais realizados exames em todas as pessoas com sintomas de gripe. Isso porque, como já foi destacado, um percentual significativo – mais de 70% – das amostras de casos suspeitos analisadas em dois laboratórios de referência (Fiocruz/RJ e Adolf Lutz/SP), nos últimos dois meses, não era influenza (gripe), mas outros vírus respiratórios.
5. E o critério para receber o medicamento fosfato de oseltamivir, sofreu alteração?
Para promover o uso racional do antiviral e evitar que o vírus desenvolva resistência, o medicamento só será dado aos pacientes com agravamento do estado de saúde nas primeiras 48 horas desde o início dos sintomas. Vale destacar que três países já informaram à OMS casos de resistência ao medicamento (Dinamarca, Japão e Hong Kong), o que reforça a prudência da medida adotada pelo Ministério da Saúde.
É importante lembrar, também, que todos os indivíduos que compõem o grupo de risco para complicações de influenza requerem – obrigatoriamente – avaliação e monitoramento clínico constante de seu médico, para indicação ou não de tratamento com oseltamivir; além da adoção de todas as demais medidas terapêuticas.
Esse grupo de risco é composto por: idosos acima de 60 anos, crianças menores de dois anos, gestantes, pessoas com deficiência imunológica (pacientes com câncer, em tratamento para aids ou em uso regular de corticosteróides), hemoglobinopatias (doenças provocadas por alterações da hemoglobina, como a anemia falciforme), diabetes, doença cardíaca, pulmonar ou renal crônica.
6. Qual o objetivo principal das novas medidas?
Garantir atendimento ágil a pacientes com quadro grave ou com potencial para complicações e evitar superlotação de hospitais de referência com casos leves, que não têm indicação para internar todos os pacientes que chegam com sintomas de gripe.
7. Já existem filas nos hospitais?
Sim. Em alguns estados, já se observa dificuldade de atendimento nos hospitais de referência devido à alta procura de pessoas com sintomas leves e, muitas vezes, com infecção por outros vírus respiratórios.
Isso é confirmado por análises de dois dos três laboratórios de referência do Ministério da Saúde para influenza, a Fundação Oswaldo Cruz (RJ) e o Instituto Adolf Lutz (SP).
Desde o início da nova gripe, há pouco mais de dois meses, a Fiocruz processou 1.447 amostras de pacientes. Cinqüenta por cento teve resultado negativo para influenza, 29% foram confirmados para a nova gripe e 21%, para a gripe comum.
No Adolf Lutz, a situação foi parecida: das 1.768 análises, no mesmo período, 51% foram negativas para influenza, 24% foram positivas para gripe comum e outros 24% foram positivas para a nova gripe.
8. Uma hipótese: uma pessoa vai ao posto de saúde porque tem sintomas leves de gripe. O médico faz as orientações necessárias e manda a pessoa para casa, sem fazer exame. Então quer dizer que essa pessoa, se tiver gripe A, não entra na estatística? O número de casos vai ficar subnotificado?
Não necessariamente, porque como em todo ano, surtos de influenza (gripe), seja pelo H1N1, seja qualquer outro vírus, continuam ocorrendo. E, nesses casos, nós vamos confirmar uma amostra de casos e todos os outros que tiverem os mesmos sintomas e no mesmo ambiente, seja em casa, na escola, no trabalho, na igreja ou no clube, serão confirmados por vínculo epidemiológico. Além disso, temos no Brasil 62 unidades da “Rede Sentinela” em todos os Estados, com a função de monitorar a circulação do vírus influenza e ocorrência de surtos. Essa rede permite que as autoridades sanitárias monitorem a ocorrência de surtos devido ao vírus da gripe comum — e, agora, do novo vírus — por meio da coleta sistemática de amostras e envio aos laboratórios de referência.
9. Então só vão coletar amostra se ocorrer um caso suspeito numa escola, por exemplo?
Imagine a situação: 30 funcionários de uma fábrica estão com sintomas. Um deles tem o estado de saúde agravado. Ele será encaminhado para um hospital de referência e será feito exame nele. Se o exame der positivo, todos os outros companheiros de fábrica serão considerados infectados, por vínculo epidemiológico, mesmo que o estado de saúde deles não se agrave.
10. Até então, o Ministério da Saúde tinha a confirmação laboratorial de todos os casos. Isso não significa perder o controle?
Não. O diagnóstico por vínculo epidemiológico é uma rotina na epidemiologia de doenças infecto-contagiosas, como meningite e sarampo, por exemplo. E, para a nova gripe, já é adotado nos Estados Unidos, Canadá, Chile, México, Reino Unido, Espanha, Alemanha e França.
O objetivo, a partir de agora, não é saber se todos os que têm gripe foram infectados por vírus da influenza sazonal ou pelo novo vírus, o A H1N1. Isso, como já foi explicado, tem dois motivos principais: 1) existe a tendência de crescimento do número de casos de síndrome gripal; 2) a nova gripe se assemelha à gripe comum, embora exija atenção das autoridades de saúde. Passamos, agora, a trabalhar com diagnostico coletivo, exceto para aqueles que podem desenvolver a forma grave da doença, seja gripe comum ou gripe A. Repetimos: nesse estágio, para as pessoas que têm sintomas de gripe, não faz mais diferença saber se é gripe comum ou a nova gripe.
A exceção são os pacientes graves ou que podem ter o quadro de saúde agravado. Nesses casos, é importante saber o diagnóstico preciso porque, em muitas situações, eles podem ter gripe e desenvolver uma infecção bacteriana. Então, além do antiviral específico, essa pessoa pode um antibiótico ou receber outro tratamento
Mudanças nas recomendações para realização de exames e indicação de tratamento
Perguntas e respostas
1. É esperado um aumento no número de casos da nova gripe? Por quê?
Sim, mas não só para a nova gripe, e sim para todos os tipos de gripe, como ocorre todos os anos. Isso porque é inverno no Hemisfério Sul e as baixas temperaturas favorecem circulação dos diversos tipos de vírus influenza, os causadores da gripe, incluindo o novo H1N1.
2. A nova gripe é mesmo parecida com a gripe comum?
Na gripe comum, a maioria dos casos apresenta quadro clínico leve e quase 100% evoluem para cura. A letalidade média no mundo é 0,4% e a quase totalidade dos óbitos é de idosos e crianças ou resultam de alguma complicação clínica prévia: pacientes com problemas respiratórios, cardíacos, renais, metabólicos, ou doenças como câncer e aids.
Na nova gripe, esse quadro se mantém. A letalidade média observada até o momento no mundo também é 0,4%. E segundo relatos dos países à Organização Mundial da Saúde (OMS), a maioria dos casos confirmados tem sintomas leves a moderados, evoluindo para cura.
3. Quais são as principais medidas anunciadas nesta sexta-feira?
Como a nova gripe tende a se parecer com a gripe comum, a principal recomendação para os pacientes é que, ao sentirem sintomas como febre, tosse, dores musculares, coriza e dor de garganta, procurem o serviço de saúde mais próximo.
Se os sintomas forem leves, o médico fará as recomendações necessárias para isolamento domiciliar, período de afastamento de trabalho e vai prescrever o tratamento dos sintomas. Nesses casos, não será feita confirmação por exame laboratorial.
Se o quadro clínico inspirar cuidados ou for grave, indicando necessidade de internação, o paciente será encaminhado para um dos 68 hospitais de referência.
4. Muda algo na recomendação para exames laboratoriais?
Sim. A confirmação da nova gripe por exame laboratorial será feita nos casos graves ou em amostras, no caso de surtos localizados. Não serão mais realizados exames em todas as pessoas com sintomas de gripe. Isso porque, como já foi destacado, um percentual significativo – mais de 70% – das amostras de casos suspeitos analisadas em dois laboratórios de referência (Fiocruz/RJ e Adolf Lutz/SP), nos últimos dois meses, não era influenza (gripe), mas outros vírus respiratórios.
5. E o critério para receber o medicamento fosfato de oseltamivir, sofreu alteração?
Para promover o uso racional do antiviral e evitar que o vírus desenvolva resistência, o medicamento só será dado aos pacientes com agravamento do estado de saúde nas primeiras 48 horas desde o início dos sintomas. Vale destacar que três países já informaram à OMS casos de resistência ao medicamento (Dinamarca, Japão e Hong Kong), o que reforça a prudência da medida adotada pelo Ministério da Saúde.
É importante lembrar, também, que todos os indivíduos que compõem o grupo de risco para complicações de influenza requerem – obrigatoriamente – avaliação e monitoramento clínico constante de seu médico, para indicação ou não de tratamento com oseltamivir; além da adoção de todas as demais medidas terapêuticas.
Esse grupo de risco é composto por: idosos acima de 60 anos, crianças menores de dois anos, gestantes, pessoas com deficiência imunológica (pacientes com câncer, em tratamento para aids ou em uso regular de corticosteróides), hemoglobinopatias (doenças provocadas por alterações da hemoglobina, como a anemia falciforme), diabetes, doença cardíaca, pulmonar ou renal crônica.
6. Qual o objetivo principal das novas medidas?
Garantir atendimento ágil a pacientes com quadro grave ou com potencial para complicações e evitar superlotação de hospitais de referência com casos leves, que não têm indicação para internar todos os pacientes que chegam com sintomas de gripe.
7. Já existem filas nos hospitais?
Sim. Em alguns estados, já se observa dificuldade de atendimento nos hospitais de referência devido à alta procura de pessoas com sintomas leves e, muitas vezes, com infecção por outros vírus respiratórios.
Isso é confirmado por análises de dois dos três laboratórios de referência do Ministério da Saúde para influenza, a Fundação Oswaldo Cruz (RJ) e o Instituto Adolf Lutz (SP).
Desde o início da nova gripe, há pouco mais de dois meses, a Fiocruz processou 1.447 amostras de pacientes. Cinqüenta por cento teve resultado negativo para influenza, 29% foram confirmados para a nova gripe e 21%, para a gripe comum.
No Adolf Lutz, a situação foi parecida: das 1.768 análises, no mesmo período, 51% foram negativas para influenza, 24% foram positivas para gripe comum e outros 24% foram positivas para a nova gripe.
8. Uma hipótese: uma pessoa vai ao posto de saúde porque tem sintomas leves de gripe. O médico faz as orientações necessárias e manda a pessoa para casa, sem fazer exame. Então quer dizer que essa pessoa, se tiver gripe A, não entra na estatística? O número de casos vai ficar subnotificado?
Não necessariamente, porque como em todo ano, surtos de influenza (gripe), seja pelo H1N1, seja qualquer outro vírus, continuam ocorrendo. E, nesses casos, nós vamos confirmar uma amostra de casos e todos os outros que tiverem os mesmos sintomas e no mesmo ambiente, seja em casa, na escola, no trabalho, na igreja ou no clube, serão confirmados por vínculo epidemiológico. Além disso, temos no Brasil 62 unidades da “Rede Sentinela” em todos os Estados, com a função de monitorar a circulação do vírus influenza e ocorrência de surtos. Essa rede permite que as autoridades sanitárias monitorem a ocorrência de surtos devido ao vírus da gripe comum — e, agora, do novo vírus — por meio da coleta sistemática de amostras e envio aos laboratórios de referência.
9. Então só vão coletar amostra se ocorrer um caso suspeito numa escola, por exemplo?
Imagine a situação: 30 funcionários de uma fábrica estão com sintomas. Um deles tem o estado de saúde agravado. Ele será encaminhado para um hospital de referência e será feito exame nele. Se o exame der positivo, todos os outros companheiros de fábrica serão considerados infectados, por vínculo epidemiológico, mesmo que o estado de saúde deles não se agrave.
10. Até então, o Ministério da Saúde tinha a confirmação laboratorial de todos os casos. Isso não significa perder o controle?
Não. O diagnóstico por vínculo epidemiológico é uma rotina na epidemiologia de doenças infecto-contagiosas, como meningite e sarampo, por exemplo. E, para a nova gripe, já é adotado nos Estados Unidos, Canadá, Chile, México, Reino Unido, Espanha, Alemanha e França.
O objetivo, a partir de agora, não é saber se todos os que têm gripe foram infectados por vírus da influenza sazonal ou pelo novo vírus, o A H1N1. Isso, como já foi explicado, tem dois motivos principais: 1) existe a tendência de crescimento do número de casos de síndrome gripal; 2) a nova gripe se assemelha à gripe comum, embora exija atenção das autoridades de saúde. Passamos, agora, a trabalhar com diagnostico coletivo, exceto para aqueles que podem desenvolver a forma grave da doença, seja gripe comum ou gripe A. Repetimos: nesse estágio, para as pessoas que têm sintomas de gripe, não faz mais diferença saber se é gripe comum ou a nova gripe.
A exceção são os pacientes graves ou que podem ter o quadro de saúde agravado. Nesses casos, é importante saber o diagnóstico preciso porque, em muitas situações, eles podem ter gripe e desenvolver uma infecção bacteriana. Então, além do antiviral específico, essa pessoa pode um antibiótico ou receber outro tratamento
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