"Somente a inocência pode ter ardência. O indivíduo inocente não sofre, pois não encerra sofrimento nenhum, muito embora possa ter vivenciado um milhar de experiências. Não são as experiências que corrompem a mente mas aquilo que deixam para trás, os resíduos e as cicatrizes e lembranças que se acumulam e amontoam e desse modo dão origem à mágoa. Esse sofrimento é tempo, e onde existir tempo não pode haver inocência.
A paixão não nasce da infelicidade; esta consiste na experiência da vida diária, uma vida de agonia e de todo um molhe de prazeres, medo e incerteza. Não podemos escapar das experiências porém não é preciso que elas criem raízes no solo da mente; essas raízes fazem despertar problemas, conflitos e luta constante. Mas não há saída disso excepto pelo morrer a cada dia para todo o passado.
Somente a mente que possui clareza de entendimento pode ser apaixonada. E sem paixão não podemos contemplar a brisa por entre a folhagem nem o resplendor do brilho da luz na água. Sem paixão não existe amor". Krishnamurt conclui: "Estávamos ali sentados naquela praia a olhar os pássaros e o céu e a escutar o som distante dos carros que passavam. Estava uma manhã magnífica. Saímos com a baixa-mar e voltamos com o fluxo da maré; saímos longe para novamente voltarmos- esse eterno movimento para dentro e para fora... Podia-se vislumbrar o horizonte lá longe, onde o céu parece unir-se às águas. Era uma baía enorme de águas azuis e brancas, com casas muito pequenas ao redor e cadeias e mais cadeias de montes por detrás. Observávamos sem reacção nenhuma, sem identidade nenhuma, e observávamos de modo infatigável, na verdade não nos encontrávamos despertos mas de consciência ausente, num estado de semi-presença. Não éramos nós que ali nos encontrávamos mas tão só a observação que decorria. Observávamos os pensamentos que se erguiam e se desvaneciam, um atrás do outro, processo em que o próprio pensamento tomava consciência de si mesmo. Não existe nenhum pensador a observar o pensamento.
Ali sentados naquela praia a observar as pessoas que passavam- dois ou três casais e uma mulher solitária- parecia que a natureza e tudo o mais ao redor, desde o profundo mar azul até às elevadas cadeias rochosas estavam em observação. Encontrávamo-nos a observar e não na expectativa da ocorrência de alguma coisa, tão só num acto de observação interminável. Essa observação acarretava aprendizagem- não a acumulação de conhecimentos que se efectua com o aprender que é quase inteiramente mecânico, mas uma observação minuciosa e profunda que possuía ligeireza e ternura. Desse jeito não resultava observador nenhum. Quando o pensador está presente trata-se unicamente de uma acção do passado a observar mas tal não corresponde a um observar e sim a um relembrar, uma coisa sem vida. A observação contudo é uma coisa tremendamente viva que torna cada momento puro ócio. Aqueles caranguejos pequenos e gaivotas e restantes aves que voavam ao redor estavam todos a observar, à espera de presas, peixe, ou algo que possam comer; também eles estavam a observar.Mas passasse alguém por vós e interrogar-se-ia do que pudessem estar a observar. Não estávamos a observar nada, contudo, nesse nada existia Tudo."
Amor. Amor à sabedoria. Amor ao humor. Amor ao trivial e ao especial. Buscas e encontros de boas práticas para o corpo-físico, corpo-mental, corpo-espiritual, corpo-animal e corpo-divino.
cabeç
16 setembro 2007
07 setembro 2007
PRECE DE CÁRITAS
Deus nosso pai, vós que sois todo poder e bondade. Dai a força àquele que passa pela provação. Dai a luz àquele que procura à verdade. Ponde no coração do homem a compaixão e a caridade.
DEUS, dai ao viajor a estrela guia, ao aflito a consolação, ao doente o repouso.
PAI, dai ao culpado o arrependimento, ao espírito a verdade, à criança o guia, ao órfão o pai.
SENHOR, que a vossa bondade se estenda sobre tudo que criaste. Piedade, meu senhor, para aqueles que não vos conhecem.
A esperança para aqueles que sofrem. Que a vossa bondade permita aos espíritos consoladores derramarem por toda parte a paz, a esperança e a fé.
DEUS, um raio, uma faísca do vosso amor pode abrasar a terra. Deixai-nos beber nas fontes esta bondade fecunda e infinita e todas as lágrimas secaram, todas as dores acalmar-se-ão.
Uma só oração, um só pensamento subirá até vos, como um grito de reconhecimento e de amor. Como Moisés sobre a montanhanos lhe esperamos com os braços abertos. Oh bondade! Oh beleza !Oh perfeição! -- e queremos de alguma sorte alcançar vossa misericórdia.
DEUS, dai-nos a força de ajudar o progresso a fim de subirmos até vos. Dai-nos a caridade pura. Dai-nos a fé e a razão. Dai-nos a simplicidade, que fará de nossas almas... um espelho onde se refletirá a vossa santa e misericordiosa imagem.
Psicografada na noite de 25 de dezembro de 1873 pela médium Madame W, Krill, num círculo espírita de Bordeaux, França
DEUS, dai ao viajor a estrela guia, ao aflito a consolação, ao doente o repouso.
PAI, dai ao culpado o arrependimento, ao espírito a verdade, à criança o guia, ao órfão o pai.
SENHOR, que a vossa bondade se estenda sobre tudo que criaste. Piedade, meu senhor, para aqueles que não vos conhecem.
A esperança para aqueles que sofrem. Que a vossa bondade permita aos espíritos consoladores derramarem por toda parte a paz, a esperança e a fé.
DEUS, um raio, uma faísca do vosso amor pode abrasar a terra. Deixai-nos beber nas fontes esta bondade fecunda e infinita e todas as lágrimas secaram, todas as dores acalmar-se-ão.
Uma só oração, um só pensamento subirá até vos, como um grito de reconhecimento e de amor. Como Moisés sobre a montanhanos lhe esperamos com os braços abertos. Oh bondade! Oh beleza !Oh perfeição! -- e queremos de alguma sorte alcançar vossa misericórdia.
DEUS, dai-nos a força de ajudar o progresso a fim de subirmos até vos. Dai-nos a caridade pura. Dai-nos a fé e a razão. Dai-nos a simplicidade, que fará de nossas almas... um espelho onde se refletirá a vossa santa e misericordiosa imagem.
Psicografada na noite de 25 de dezembro de 1873 pela médium Madame W, Krill, num círculo espírita de Bordeaux, França
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